sexta-feira, 21 de janeiro de 2011

Trafaria não desiste de ter ligação fluvial

Ver edição completa Presidente da Junta considera manutenção do serviço como ‘essencial para a população Quase 380 pessoas já assinaram a petição ‘online’ contra o fim da travessia fluvial entre a Trafaria e Belém. Um abaixo-assinado a ser remetido à administração da Transtejo, onde se alerta que a abolição desta ligação vai “prejudicar gravemente” a população desta freguesia que estuda e trabalha em Lisboa. O documento lembra ainda as obras realizadas há dois anos na melhoria do terminal fluvial da Trafaria, deixando implícito que os dinheiros públicos ali investidos terão sido deitados à rua caso esta ligação fluvial seja encerrada. A mesma ideia é partilhada pela presidente da Junta de Freguesia da Trafaria que, a 26 de Novembro do ano passado, enviou um pedido de audiência ao secretário de Estado dos Transportes, Carlos Correia da Fonseca, para saber das intenções do Governo quanto a esta carreira. Como não recebeu resposta, Francisca Parreira reiterou o pedido no passado dia 3 de Janeiro, expressando desta vez as consequências negativas que o fim da ligação Trafaria – Belém terá para a localidade. “Esta travessia é essencial para a população. É uma das portas de entrada na Trafaria”, afirma Francisca Parreira que está disposta a insistir nos pedidos de audiência até ser ouvida. “Se continuar sem resposta, esta semana envio novo oficio”, categoriza a autarca. A extinção da ligação fluvial à Trafaria começou a ser colocada como hipótese depois do secretário de Estado dos Transportes ter afirmado, publicamente, no final do ano passado, que estava a ser estudada a rentabilidade de alguns transportes, e apontou esta carreira. Em Dezembro, Nuno Costa, do Sindicato dos Transportes Fluviais, veio afirmar que a Transtejo pretendia vender sete embarcações o que implicaria o fim da triangulação Trafaria - Porto Brandão - Belém. “Creio que não existe ainda nenhuma decisão oficial, mas queremos saber e fazer valer as nossas razões”, afirma Francisca Parreira. “Pode acontecer uma redução de horários, mas a extinção desta ligação fluvial irá prejudicar muito a Trafaria”, avalia a autarca. E são esses prejuízos que enumera no último ofício enviado a Carlos Correia da Fonseca. Neste documento a presidente da Junta lembra ao secretário de Estado dos Transportes que “a maior parte dos utentes usa esta ligação fluvial para se deslocar para o local de trabalho na capital”. Para além disso, “a forte implementação de restauração na localidade recebe muitos dos seus clientes através desta ligação”. Ou seja, o comboio da ponte, na opinião da autarca, não é uma alternativa à ligação fluvial. Francisca Parreira expressa ainda que apesar da crise económica obrigar à contenção de despesa, esta não pode ser a troco do corte do serviço público, o qual “não pode ser colocado em risco”.

2 comentários:

Anónimo disse...

Bom dia, gostaria de saber qual o endereço da petição online.

Atentamente

João Paulo

Anónimo disse...

Apoio!

Fernando Miguel