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Depois de vários prazos falhados, ministro das Obras Públicas diz que desta vez é que é
O último lanço da Circular Regional Interior de Lisboa (CRIL), numa extensão de 3,6 quilómetros que ligam a Buraca à Pontinha, vai abrir ao público em Abril deste ano e sem a ligação ao bairro de Santa Cruz de Benfica, de acordo com um anúncio feito pela empresa Estradas de Portugal (EP). Depois de muitos avanços e recuos, assim como várias datas apontadas para a conclusão do troço que falta para fechar a CRIL, a abertura da via está agora prevista para Abril deste ano. “Aquilo que estamos a concluir é a montagem do sistema em termos de operação e controlo dos túneis.Há depois um período de testes por mais cerca de dois meses e, logo que estejam concluídos os testes e ensaios finais que garantam segurança, fiabilidade e funcionalidade no túnel, há todas as condições para abrir”, afirmou Rui Dinis, administrador da Estradas de Portugal (EP). O administrador falava ao lado do presidente da EP, no final da visita que se realizou na semana passada ao sublanço Buraca/Pontinha, o último troço que falta para fechar a malha rodoviária da grande Lisboa com a CRIL. Na visita, que decorreu na quarta-feira, dia 6 de Janeiro de 2011, a comitiva percorreu os 3,6 quilómetros deste último troço. “É uma obra importante que vai revolucionar a circulação rodoviária na Grande Lisboa”, afirmou o ministro das Obras Públicas, António Mendonça, que considerou o último troço da CRIL “uma obra notável de engenharia”. Confrontado com as críticas dos moradores do bairro de Santa Cruz de Benfica (Lisboa) aos impactos da obra nesta comunidade, o ministro desvalorizou- as, afirmando: “Tudo o que possa ser dito de menos positivo é incomparavelmente menor relativamente aos benefícios”. “Importa sublinhar que esta obra também vai ter repercussões em matéria de segurança rodoviária em toda a região. Problemas há sempre numa obra desta natureza. É natural que haja problemas e que uma ou outra pessoa possa não estar satisfeita, mas os benefícios são enormes”, acrescentou o governante. Já o presidente da Estradas de Portugal, Almerindo Marques, destacou a complexidade da obra. “É uma obra feita em zona de intensa presença humana e não podia passar pelo ar, tinha de ser por terra. O importante a ponderar era medir os inconvenientes que seguramente terá para algumas pessoas, com a vantagem global que tem para a rede das estradas da Área Metropolitana de Lisboa. A isto chama-se sacrifício por solidariedade”, afirmou o presidente da EP. Confrontado pelos protestos da população afectada por esta obra, Almerindo Marques afirmou: “Quem pensa que pode viver na terra sem fazer esforços de solidariedade com certeza que não está a medir todos os interesses envolvidos. Esta obra não podia fazer-se sem algumas incomodidades. É uma evidência física”. “O Zé e a Zé contribuintes deviam estar gratos à Estradas de Portugal pelo facto de se ter diminuído em milhões de euros os custos de funcionamento da empresa entre 2007 e 2010”, acrescentou. A CRIL desenvolve-se a norte e no limite da cidade de Lisboa, nos concelhos de Oeiras, Amadora e Odivelas, estendendo-se desde Algés, a poente, até à Ponte Vasco da Gama, a nascente. O sublanço Buraca/Pontinha, em fase de construção, tem uma extensão de 3,6 quilómetros.
quarta-feira, 12 de janeiro de 2011
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