Ver edição completa Declive acentuado ameaça segurança física de utentes Apesar do seu ar recatado, o Parque Urbano de Queijas, inaugurado há cerca de um ano, encerra um perigo para a segurança física dos utentes mais incautos, além de várias incongruências e alguma má conservação das espécies vegetais. Começando pelo mais grave, o respectivo campo de jogos foi instalado tão perto de uma ribanceira de acentuado declive que, não raramente, as bolas vão parar ao fundo do precipício. Para quem se atreva a descer, os perigos são evidentes. Tanto assim é que, recentemente, o JR encontrou um jovem a arriscar a manobra, mas com técnicas e apetrechos de escalada. “Já não é a primeira vez que lá vou e fico sempre a rezar para que nenhum miúdo se lembre de tentar vir cá baixo buscar uma bola ou um telemóvel que caia, é um perigo enorme!”, alertou Miguel Santos, escoteiro e estudante da Escola Noronha Feio, enquanto armava o arnês e prendia as cordas num depósito de cimento. No final da façanha, porém, o resultado foi nulo: “Encontrei máquinas de lavar, ferros e bidões, mas nenhuma bola”, resumiu. Constituindo uma barreira natural contra a aproximação de algum incauto cidadão à beira do precipício, há uma longa fila de cactos muito secos e com extremidades pontiagudas. No entanto, para além de não existirem precisamente no “caminho” improvisado acima referido, aquela vegetação densa e alta apresenta dois inconvenientes: por um lado, deixa em sobressalto os adultos que acompanham os mais pequenos nas caminhadas pelo passeio que passa mesmo rente aos cactos, devido ao risco de se picarem; por outro, em certos troços, tapa as vistas de quem se senta nos bancos ali disponibilizados para permitir usufruir da vista magnífica para o vale. Finalmente, há mesas e cadeiras que estão sem pinga de sombra, enquanto boa parte das espécies ali plantadas parecem passar demasiado tempo sem pinga de água. A Junta de Freguesia de Queijas reconhece o problema, mas para já apenas se compromete com um desbaste parcial dos cactos, durante a próxima semana. “Mas temos de deixar o suficiente para impedir que as crianças se aproximem do declive”, sublinhou ao JR José Rodrigues, responsável no executivo pelos Espaços Verdes. Para mais tarde ficará a possibilidade de colocar uma vedação que complemente os troncos de madeira separados entre si hoje existentes. Mas quanto ao caminho perigoso já usado para ir buscar bolas, não existe, para já, uma solução concreta. “Vamos analisar a situação com a Câmara... de facto, o campo não está no melhor sítio”, reconheceu aquele elemento da Junta. Entretanto, o acesso ao campo de jogos do Parque Urbano tem já um regulamento aprovado, o qual deverá fazer com que o acesso ao equipamento desportivo volte a estar – como esteve em tempos – com acesso condicionado.
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