segunda-feira, 9 de novembro de 2009

Sintra: Melhor assistência familiar

Através do projecto ‘Cuidador Informal’, o Hospital Amadora-Sintra está a transmitir conhecimentos aos familiares de pacientes, nomeadamente na área da Ortopedia, para assegurar melhores cuidados após a alta hospitalar
Desmistificar os medos associados a cuidar dos doentes em casa, após a alta hospitalar, é o principal objectivo do projecto “Cuidador Informal”, que o Hospital Amadora-Sintra está já a aplicar em praticamente todos os seus serviços desde Setembro passado, após uma experiência-piloto, em Março deste ano, nas áreas de Ortopedia, Obstetrícia, Medicina III e Neurologia. A figura do “Cuidador Informal” foi criada a pensar na pessoa mais próxima e significativa para o doente internado, geralmente um familiar, a quem se procura transmitir conhecimentos, essencialmente práticos, sobre como tratar o paciente no domicílio. A pessoa que aceita exercer essa função recebe um cartão de identificação próprio que lhe dá o privilégio de poder estar junto do doente desde as 9 às 22h00, no horário que lhe for mais conveniente. Em contrapartida, tem alguns deveres, o mais importante dos quais a obrigatoriedade de colaborar nos cuidados ao seu doente, por forma a ficar habilitado a assegurar a continuidade dos tratamentos após a alta hospitalar. “Mesmo os próprios profissionais que não são do serviço de Ortopedia têm algum receio em lidar com estes doentes”, realça Fernanda Pombeira, enfermeira-chefe neste departamento. Por isso, “o que acontecia, muitas vezes, é que, mesmo havendo disposição e condições para levar o doente, os familiares adiavam o mais possível esse momento por não se sentirem aptos a prestar-lhes os cuidados necessários em casa”. O resultado é os doentes ficarem internados “desde dias até várias semanas” apesar de já terem luz verde para deixarem o hospital.(...)

(...) Continuação na página 9 do Jornal da Região da Sintra 197, de 10 a 16 de Novembro de 2009

3 comentários:

Anónimo disse...

Não será esta mais uma forma de dimuir as responsabilidades do hospital enquanto prestador de um serviço público? Se ensimarmos os familiares a serem enfermeiros, auxiliares de acção médica e até a exercerem um pouco de medicina, já não é preciso investir tanto nas políticas de saúde. No Amadora-Sintra, ao que parece, descobriram mais um ovo de Colombo...

Anónimo disse...

Familiares meus estiverem recentemente neste hospital; passaram dez horas na urgência. Vieram embora e só num hospital particular tiveram o tratamento devido. Porém tiveram de pagar qualquer coisa como 120 euros cada, pela consulta e por uma suposta análise à Gripe A.
Portugal no seu melhor, em pleno século XXI

Sónia disse...

Acredito que o conteudo desta notícia alertava para o facto de todos nós termos uma maneira diferente de abordar a situação pós aperatório ou pós internamento, isto é, a nível de higiéne e tratamento para com os doentes, é claro que se os problemas se agravarem teremos que nos deslocar ao estabelecimento hospitalar mais próximo, mas quando o tratamento não passa de uma limpeza na área da lesão, cuidados medicamentosos e de assistência qualquer ajuda familiar resolverá a situação, no caso das Gripes, aconselho, por experiência a ligar para a Saude 24 e depois deslocarem-se ao SAG (Serviço de Apoio à Gripe)são os que têm mais capacidade e perioridade no assunto.