quarta-feira, 22 de junho de 2011

CNA ‘Somos o clube com mais títulos’

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Alcides Matos traça balanço positivo da época A celebrar trinta anos de existência, o Clube de Natação da Amadora (CNA) volta a somar e a seguir, conquistando títulos individuais e colectivos em competições das várias modalidades de que dispõe. Mas, apesar do sucesso da última década, tal como os outros clubes Desportivos que integram o pólo da Reboleira, também o CNA não escapa à crise. A época desportiva ainda não terminou e o clube já ganhou o título Masculino de Natação Pura, é o campeão nacional de Pólo Aquático Feminino, modalidade onde também já conquistou a Taça de Portugal e a Super Taça. O clube é ainda vice-campeão nacional de Natação Sincronizada. No último fim-de-semana, o CNA conquistou mais um título, sagrando-se campeão nacional de Hóquei Subaquático. De acordo com o presidente do CNA, Alcides Matos, “esta é a instituição desportiva da Amadora com mais títulos nacionais conquistados”. Um orgulho que o dirigente não esconde: “Esta época esperamos trazer ainda mais algumas taças”, acrescenta. “O sucesso do clube começou a ser desenhado em 1994”, afirma o responsável. Altura em que Alcides Matos chega à presidência. Os resultados começaram logo, mas a partir de 1997 foram cada vez mais consistentes. “Nessa altura desenhámos um plano desportivo para 12 anos, com o objectivo de chegar a 2008 com amaior representação desportiva nos Jogos Olímpicos e conseguimos alcançar essa meta”. Em 2008, o CNA levou três atletas aos Jogos Olímpicos de Pequim, mas antes, em 2004, já tinham alcançado a mesma proeza com a representação de dois atletas. “Aqui trabalha-se para os resultados e as nossas escolas de natação são a nossa forma de captar talentos, assim como, assegurar o financiamento do clube”. Muitas das crianças que mais tarde se tornam atletas de alta competição procuram o clube para a prática de um desporto que “corrige posturas e ajuda a controlar os problemas respiratórios, como a asma”, afirma Alcides Matos. O gosto pelo desporto revela muitas vezes novos talentos. Com cerca de 650 atletas de competição em todas as modalidades, onde cerca de 450 são federados. O clube que gere quatro complexos de piscinas da Amadora (Reboleira, Venteira, Damaia e Alfornelos) tem que fazer uma gestão financeira muito apertada, dependendo exclusivamente das escolas de natação para a sua sobrevivência. Nos últimos anos, o CNA tem vindo a perder utilizadores. “Chegámos a ter cerca de 7 mil pessoas a usar as nossas instalações, admitindo que estávamos no limite, no entanto, neste momento temos 4500, mas o preocupante é que temos vindo a perder utilizadores todos os anos”, afirma Alcides Matos, mostrando preocupação O presidente acrescenta ainda que “esta é uma modalidade que tem muitos custos, devemos ser dos maiores consumidores de gás do concelho e temos que pagar ordenados a cerca de uma centena de funcionários”. É por isso que Alcides Matos é bastante cauteloso, admitindo que se “a procura pelas escolas de natação continuar a diminuir, teremos que realizar outras actividades”. Mas o presidente do clube apresenta para já um novo projecto, abrindo as portas dos complexos de piscinas à população que queira realizar festas de aniversário na água. O CNA foi fundado em 2 de Janeiro de 1981, por 45 sócios fundadores provenientes de uma cisão do Orquídea Clube da Amadora, com a intenção de criarem um clube de modalidade na Amadora, que se tinha tornado município dois anos antes. “Encravado” entre dois grande clubes de outrora (Estrela da Amadora e Associação Académica da Amadora), o Clube de Natação da Amadora ainda sobrevive. No entanto, perante a crise que se adivinha, Alcides Matos teme que “haja um contágio”.

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