Ver edição completaPlano de Pormenor pronto paraaprovação, mas data de entradaem vigor ainda é uma incógnita
A próxima Assembleia Municipalde Almada, marcada paraFevereiro, vai decidir sobrea aprovação do Plano de Pormenordas Praias de Transição,que deverá ser posteriormentepublicado em Diárioda República. Trata-se de decidirsobre esta área de intervençãona Costa da Caparica,no âmbito da Costa Polis,que pressupõe a retirada detodas as construções na faixade risco de costa.Em causa ficam assim osparques do Clube de Campismo e Caravanismodo Concelhode Almada e da SociedadeFilarmónica União ArtísticaPiedense e ainda as construçõesultimamente referidascomo palheiros. Porém, ademolição ou deslocação destasestruturas ainda poderádemorar alguns anos.No caso dos parques decampismo, a serem deslocadospara o Pinhal do Inglês,na Charneca de Caparica, aindavão ter de aguardar pela decisãodo tribunal que irá decidirsobre o processo de expropriaçãodeste espaço. “Sóquando o terreno estiverdisponível é que os parquesserão transferidos”, referefonte da Costa Polis ao Jornalda Região.Capital ainda para a deslocaçãodos parques de campismoé a construção da estrada377-2. Uma obra que já temconcurso lançado e projectoaprovado e que, segundo a Estradasde Portugal, deverá estarconcluída no primeiro semestrede 2012.Quanto aos palheiros, diza Costa Polis que está a decorrerum estudo para avaliar sobreo seu “eventual valor históricoe cultural”.No entanto,o plano elaborado pelaCosta Polis, que já passou pelafase de discussão pública efoi aprovado pelo Ministériodo Ambiente, vem cumprir ojá antes determinado pelo Planode Ordenamento da OrlaCosteira (POOC) que mandaretirar todas as construçõesna faixa de risco como salvaguardade segurança: parquesde campismo e outras construções.“O plano tem de respeitaro POOC”,lembrou a presidenteda Câmara de Almadana última reunião públicado executivo. Mas Maria Emíliade Sousa também disseque vai “pedir informações”junto da Costa Polis e solicitarque “levem em consideraçãoos resultados do estudo”.Ou seja, para já os palheirosficam a aguardar o que vaiditar o estudo que desde estemês tem uma equipa de arquitectosno terreno.O Plano de Pormenor dasPraias de Transição (PP5)abrange uma área de 71,6 hectares,medida até à linha deDomínio Público Marítimo elimitada a norte pela previstaAlameda dos Mares, a poentepela frente atlântica entreas praias da Saúde e a praia daRiviera, a nascente pela avenidaD. Sebastião e Estrada Florestale a sul pela Ribeira daFoz do Rego.O programa Polis da Costada Caparica abrange umaárea global de cerca de 650hectares e o custo total da intervençãode requalificaçãourbana prevista ronda os 200milhões de euros. Dos seteplanos de pormenor previstos,foram até agora executadoso PP1, referente às praiasurbanas, e o PP2, referenteao jardim urbano.
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Câmara aposta em ilhasecológicas e ecopontos
Precisamente na freguesiaonde nasceu o sistema de recolhaselectiva de Resíduos SólidosUrbanos (RSU), discutiu-se, na passada segunda-feira,o enterro do projecto quemereceu a Oeiras vários prémiosde Ambiente e muitosmais elogios de vanguardismo.Se dúvidas havia quanto às intençõesda Câmara nesta matéria,o concorrido debate realizadono auditório do CentroSocial e Paroquial São Miguelde Queijas deixou claro que paraa autarquia, neste momento,estar “mais à frente” é retrocederno porta-a-porta e apostardecididamente nos equipamentoscolectivos, sejam ecopontos(à superfície), ilhas ecológicas(enterradas, de grandecapacidade) ou ‘moloks’. Umadecisão “perversa” e "contrao futuro", qualificou PedroCarteiro, representante daQuercus no debate sobre o temaque foi ponto único na sessãodescentralizada da AssembleiaMunicipal de Oeiras(AMO). E uma estratégia “errada”,completou a oposiçãoquase em bloco – o PSD foimais ambíguo e contido nascríticas.Na génese desta polémicaestá a decisão tomada pela Câmarade Oeiras, em Março doano passado, quando anunciouque iria deixar de fazer a recolhaporta-a-porta dos RSU recicláveis,baseando-se na suspensão,aprovada anteriormentepela AMO(votos a favor doIOMAF, abstenções do PSD,e votos contra dos restantespartidos), do artigo do Regulamentode Resíduos que impunhaa existência das denominadas“casas do lixo” nos prédiosdas urbanizações mais recentes.Uma decisão justificadapela alegada contaminaçãocrescente dos resíduos misturadosneste sistema e pelo incumprimentodas regras porparte dos moradores, nomeadamentede quem fica encarregadode colocar na rua e recolheros recipientes (por motivosvários que vão desde omau cheiro à falta de espaço,passando pela simples negligência).“Esta é uma realidadeem90%dos casos”, salientouo vereador Ricardo Barros,responsável pelo pelouro.No final da sessão, porém,as posições mantiveram-se extremadas,com PS, CDU, BEe CDS-PP a considerarem quenão foram apresentados estudosque justificassem a mudançade rumo nesta área, nem dadasrespostas a muitas dasquestões colocadas à mesa.Um desfecho que se poderiasintetizar na frase do deputadoDaniel Branco (CDU): “Oassunto está longe de estarencerrado!”.Atestando a importânciado tema, a sessão extraordináriada AMO contou com bastantepúblico, que se manteveatento durante cerca de trêshoras, participando e testemunhandouma intensa troca deacusações e de perguntas.Houve estudos prévios parasuportar a decisão de suspendera obrigatoriedade dascasas do lixo? Qual a razão deuma tão grande aposta em ecopontos,seja de superfície ouenterrados? Que solução parao aterro de Trajouce e para aAssociação de Municípios parao Tratamento de ResíduosSólidos (que junta Cascais, Mafra,Oeiras e Sintra)? Por querazão a estação de triagem deVila Fria foi desmantelada?...Estas foram algumas das questõesdesfiadas por Isabel Sandee Castro (CDS-PP).Alexandra Moura (PS) estranhoua mudança de estratégiadepois de tantas referênciaselogiosas às “inúmerasvantagens” do sistema porta-a-porta. Lembrando que estadecisão não constou no programaeleitoral do IOMAFnas últimas eleições autárquicas,a deputada socialista incluiuentre as “verdadeiras razões”da decisão as dificuldadesfinanceiras da Tratolixo, apressão dos construtores, ou aeventualidade de o processo seter tornado pouco aliciante paraa Câmara. Quais os critériosutilizados e quais os reais custosfinanceiros da recolha selectivaforam outras perguntasque deixou ao executivo.Daniel Branco(CDU) colocouo acento tónico na frequênciados circuitos de recolhae na capacidade dos diferentestipos de contentores. Eligou esta questão à forma comoos grandes equipamentoscolectivos de recolha de lixosão utilizados pelos cidadãos:“Com muita frequência, estãoentupidos, gerando problemasde higiene e de saúdepública”, frisou aquele deputado,acrescentando: “Não tenhoa menor dúvida de que acontaminação nos ecopontosé muito pior do que narecolha porta-a-porta”. Como soluçãopropôs “mais sensibilização”para as boas práticaspor parte da autarquia, lamentandoque Oeiras esteja “afazer marcha-atrás nesta matériaquando Lisboa está a fazermarcha para a frente”.Por seu turno, Jorge Pracana(PSD) lembrou que outrosmunicípios estão a reforçar aaposta em ecopontos, emborapossam manter o porta-a-portanas zonas antigas (exemplificandocom Portimão, de gestãosocialista), um carácter mistoque estendeu, também, aLisboa. Por outro lado, mostroucompreensão pela expansãodos ecopontos enterrados,pois os da superfície “não têmtanta eficácia”.Para Miguel Pinto (BE), “IsaltinoMorais passou depioneiro a cangalheiro” nestedomínio, vislumbrando “dificuldadesfinanceiras e mágestão” na origem da posiçãocamarária.Durante a sua exposiçãoem defesa da nova opção da autarquia,o vereador RicardoBarros lembrou que o fim doporta-a-porta só acontecerádepois de haver alternativaseficazes nos equipamentos colectivose que o mesmo continuarános grandes produtores(escolas, comércio e empresas).Mas reiterou que o objectivoé ir substituindo a recolhanas casas do lixo – cujos “contentoresdormem na rua” –pelas ilhas ecológicas, ecopontose ‘moloks’. “Para que o esforçodo cidadão em reciclarnão seja em vão”, disse.
Ver edição completaProjecto da Misericórdia da Amadora garante bens a preços simbólicos
Atoalhados, malas, bijutaria,pijamas, roupa e calçadopara homem, mulher oucriança, a partir de um euro(no máximo cada artigo custaseis euros), são os produtos, todosnovos, que podem ser adquiridosna Loja Solidária inauguradahá um mês no bairro camarárioCasal da Mira, naBrandoa. Depois da farmácia,este é o segundo estabelecimentocomercial em funcionamentono bairro que começoua ser habitado há oito anos porcerca de 760 famílias.Apesar de todos os edifícioscontemplarem espaçospara lojas, o maior bairro socialdo concelho não conseguiuatrair o investimento dopequeno comércio. Até agora,apenas a farmácia se mantémem funcionamento. Osrelatos de criminalidade e insegurançatalvez tenham afastadoos investidores. Mas paracontrariar esta tendência, aCâmara Municipal da Amadora(CMA) cedeu um dos espaçoscomerciais à Santa Casada Misericórdia da Amadora(SCMA) para aí instalar umaloja de cariz diferente: vendeprodutos a baixo custo, “massão todos artigos novos e dequalidade”, garante RuteBrás, da SCMA, responsávelpelo projecto.A autarquia cedeu o espaço,mas as obras de adaptaçãoforam suportadas pelaMisericórdia. Os produtossão doações de empresas, decomerciantes ou de instituições,sendo que por vezes oarmazém chega a ser pequenopara tantas encomendas.“A Misericórdia recebemuitas doações, por exemplo,recebemos todos os artigosem ‘stock’ de uma lojaque abriu falência”, explicaa responsável.Na loja tudo tem um preço,embora o valor seja simbólico.“Pagar um euro porumas calças não é muitosignificativo para as famíliascarenciadas, mas ajuda-as a valorizar os produtosque levam. Além dissoevita que as pessoas levemo que não necessitam e quemuitas vezes é deitado parao lixo”, acrescenta RuteBrás. O dinheiro angariado“serve para já para cobrir ocusto das obras e do investimentofeito no mobiliário”,afirma a responsável.Mas se na loja tudo tem umpreço, Rute Brás afiança:“Continuamos a doar roupapara os casos sinalizados pelaAcção Social”.Maria Almeida deixou obairro degradado de Santa Filomena,situado na freguesiada Mina, há um ano para ir vivernum apartamento do Casalda Mira. Tem dois filhosem idade escolar e consideraque “na loja os preços sãomuito simpáticos e encontram-se muitos produtos,especialmente para as criançasque estão sempre a crescere a necessitar de roupae calçado novo”. Na mão levaum fato de treino para a filhapoder fazer ginástica na escola.Custou apenas dois euros.“Não encontro estespreços em lado nenhum”,regozija-se.Esta nova moradora encaracom optimismo a abertura daloja, não só porque oferece roupabarata, mas porque dá umanova vida ao bairro. “Aqui temosapenas a farmácia, masfaz-nos muita falta pequenocomércio, nomeadamenteuma mercearia”.Mesmo ao lado da Loja Solidáriafunciona o Centro deDia para idosos, um outroequipamento gerido pela SCMA.Uma proximidade que éaproveitada para a gestão doespaço comercial. “Temosem permanência cinco aseis pessoas na loja, trêsvêm do Banco Local de Voluntariado,as restantes sãoutentes do Centro de Dia”,adianta Rute Brás.De resto, alguns dos artigosde bijutaria e decoração àvenda são feitos pelos idososem ateliês promovidos no Centrode Dia.Fernanda Bolotinho, 80anos, é uma das voluntáriasque para além de ajudar em todosos afazeres da loja, aindacontribui com a elaboração decolares, pulseiras brincos.Uma experiência que consideramuito enriquecedora, pois“estamos acompanhados,distraímo-nos e ainda nossentimos úteis”.
Ver edição completaNova escola do 1.º Cicloem Alcabideche
“É uma escola moderna,cheia de luz e virada para ofuturo”, foi assim que o presidenteda Junta de Alcabideche,Fernando Teixeira Lopes,caracterizou a Escola do1.º Ciclo do Alto da Peça,inaugurada no passado sábado,no âmbito das comemoraçõesdo 170.º aniversárioda freguesia.O novo estabelecimento,que já funciona desde o passadodia 22 de Setembro, reforçaa rede escolar naquelaregião. “Conta com uma vistamagnífica sobre o ParqueNatural, antigo Monteda Lua, e é a 12.ª escola do1.º Ciclo. Tem também umjardim-de-infância que passaa ser o 9.º na freguesia,para uma população quenão pára de crescer e quedemonstra que a freguesiatem futuro”, frisou TeixeiraLopes.Com oito salas de aula parao 1.º Ciclo e duas salas deJardim-de-Infância, a novaescola tem capacidade parareceber um total de 250 alunos,mas conta actualmentecom 130 crianças e vai receberos alunos de Alcabideche2 enquanto esta escola estivercom obras. Neste equipamento,os alunos contamcom os serviços de cozinha erefeitório, cacifos e amplaszonas de circulação onde predominamas cores vivas.Construída com base noprojecto do arquitecto PauloLázaro, traduz um novoconceito escolar, que passapor uma gestão aberta à comunidade.Dispõe de salaspolivalentes e biblioteca,um espaço exterior envolventedotado de zonas de recreiolivre, áreas de jogos eequipamentos lúdicos paraas diversas faixas etárias eainda circuitos pedonais ezonas arborizadas, os quais,a breve trecho, irão estar disponíveispara usufruto da populaçãoem horário extra-actividadesescolares e aosfins-de-semana.A escola representa um investimentoglobal de 3,4 milhõesde euros, comparticipadoem 753 984,96 euros peloPrograma Operacional deLisboa, no âmbito do Quadrode Referência EstratégicoNacional (QREN-PORLisboa).Após o agradecimento dodirector do Alto da Peça, AntónioGomes, o presidenteda Câmara de Cascais, AntónioCapucho, frisou que “paraas crianças temos enormeprazer de continuar ainvestir. Uma escola destasimplica um investimentode 3,4 milhões de euros,75% a cargo da Câmara e oresto do QREN”. O edil frisou,ainda, que “para nós éfundamental que as criançastenham uma formaçãoque lhes permita solidezde conhecimento e quepossam respeitar os pais eos amigos”.Para a vereadora da Educação,Ana Clara Justino, “estaescola corresponde auma perspectiva de Educaçãoque se reflecte muitono edifício. Uma escolatem de ser um espaço abertoà comunidade, um sítioonde se possa estar e permitaexperiências e intercâmbio”.“O que nos interessaé que a escola sejaum edifício de referênciana comunidade e que sejaum espaço aberto aos paise à própria comunidade”,conclui a autarca.
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Pagamento mensal da antiga Tarifa de Conservação de Esgotos
O preço da água não aumentouno concelho de Sintra, noinício deste ano, mas a facturamensal vai pesar mais no bolsodos clientes dos SMAS de Sintra.A Tarifa de Conservação deEsgotos, paga anualmente, foisubstituída por uma tarifa de saneamento,cujo pagamento serádiluído ao longo dos 12 meses.Uma alteração que, explicam osSMAS de Sintra, resulta de"uma imposição legal" da EntidadeReguladora dos Serviçosde Águas e Resíduos (ERSAR)."Fizemos acertos no tarifário,mas não aumentámosnem o preço da água, nem opreço do saneamento", realçouBaptista Alves, presidentedo conselho de administraçãodos SMAS, à margem de umavisita a obras de saneamento eabastecimento de água. Paramanter o preço da água, osSMAS de Sintra têm apostadona redução das perdas de água,através de investimentos na redeque permitam a redução dasrupturas. As perdas de água cifram-se, actualmente, na ordemdos 20 por cento.Mas, se o preço da água nãoaumentou, a factura mensal vaipesar mais nos encargos familiares.Paga anualmente pelos proprietáriosdas habitações, combase no valor patrimonial doimóvel, a Tarifa de Conservaçãode Esgotos dá lugar a umatarifa de saneamento, com caráctermensal, que será paga portodos os consumidores, independentementede serem proprietáriosou arrendatários. "A Tarifade Conservação de Esgotosfoi extinta e as receitas têmde vir da facturação da águaaos consumidores, e integramaquela parte fixa pagamensalmente", adianta o responsáveldos SMAS, que reforçaque tal alteração resulta apenasde "uma imposição legal".Aliás, frisa o vereador da CDUna Câmara de Sintra, "politicamente,sempre nos manifestámoscontra, porque uma tarifa,que está sob os proprietários,não deve passar para osconsumidores".Baptista Alves sublinha quea alteração não resulta em"qualquervantagem" para os serviçosmunicipalizados, "mas porquenos foi imposta por novalegislação e pelas recomendaçõesda ERSAR". Mas, a cobrançada tarifa acaba por ser facilitadacom esta mudança. BaptistaAlves reconhece que a TarifaAnual de Conservação de Esgotos"era, sem dúvida, aquelaonde tínhamos mais dívidase dificuldade na cobrança,porque aparecia como umúnico montante, normalmente em Setembro,e muitas pessoaspediam o pagamento emprestações". Mas, também haviamuitos incumprimentos,sublinha este responsável. Compagamento mensal, o pagamentoserá dividido ao longo dos 12meses, facilitando o pagamento,e o incumprimento será semprepenalizado com o corte daágua...O novo tarifário dos SMAScriou um quarto escalão, naárea do abastecimento de água,para quem consome mensalmente maisde 26 m3 e mantémcondições especiais para agregadosfamiliares com mais de quatroelementos (Tarifa Familiar)e para clientes que auferem oRendimento de Inserção Social,mediante a isenção do pagamentoda Quota de Serviço edo consumo de água no 1.º escalão(Tarifa Social).
Ver edição completaPresidente da Junta consideramanutenção do serviço como‘essencial para a população
Quase 380 pessoas já assinarama petição ‘online’ contrao fim da travessia fluvialentre a Trafaria e Belém.Um abaixo-assinado a ser remetidoà administração daTranstejo, onde se alerta quea abolição desta ligação vai“prejudicar gravemente” apopulação desta freguesiaque estuda e trabalha em Lisboa.O documento lembra aindaas obras realizadas há doisanos na melhoria do terminalfluvial da Trafaria, deixandoimplícito que os dinheiros públicosali investidos terão sidodeitados à rua caso esta ligaçãofluvial seja encerrada.A mesma ideia é partilhadapela presidente da Juntade Freguesia da Trafaria que,a 26 de Novembro do anopassado, enviou um pedidode audiência ao secretário deEstado dos Transportes, CarlosCorreia da Fonseca, parasaber das intenções do Governoquanto a esta carreira.Como não recebeu resposta,Francisca Parreira reiterou opedido no passado dia 3 deJaneiro, expressando destavez as consequências negativasque o fim da ligação Trafaria– Belém terá para a localidade.“Esta travessia é essencialpara a população. Éuma das portas de entradana Trafaria”, afirma FranciscaParreira que está dispostaa insistir nos pedidos de audiênciaaté ser ouvida. “Secontinuar sem resposta, estasemana envio novo oficio”,categoriza a autarca.A extinção da ligação fluvialà Trafaria começou a sercolocada como hipótese depoisdo secretário de Estadodos Transportes ter afirmado,publicamente, no finaldo ano passado, que estava aser estudada a rentabilidadede alguns transportes, e apontouesta carreira. Em Dezembro,Nuno Costa, do Sindicatodos Transportes Fluviais,veio afirmar que a Transtejopretendia vender sete embarcaçõeso que implicaria o fimda triangulação Trafaria -Porto Brandão - Belém.“Creio que não existeainda nenhuma decisão oficial,mas queremos saber efazer valer as nossas razões”,afirma Francisca Parreira.“Pode acontecer umaredução de horários, mas aextinção desta ligação fluvialirá prejudicar muito aTrafaria”, avalia a autarca. Esão esses prejuízos que enumerano último ofício enviado aCarlos Correia da Fonseca.Neste documento a presidenteda Junta lembra aosecretário de Estado dosTransportes que “a maiorparte dos utentes usa estaligação fluvial para se deslocarpara o local de trabalhona capital”. Para alémdisso, “a forte implementaçãode restauração na localidaderecebe muitosdos seus clientes atravésdesta ligação”. Ou seja, ocomboio da ponte, na opiniãoda autarca, não é umaalternativa à ligação fluvial.Francisca Parreira expressaainda que apesar da criseeconómica obrigar à contençãode despesa, esta não podeser a troco do corte do serviçopúblico, o qual “não podeser colocado em risco”.
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ColdPlay, Xutos & Pontapés, Foo Fighters e The Chemical Brothers no cartaz do festival
Mais um dia de festa, maisespaço para acolher mais fãse melhores condições logísticaspara apreciar o espectáculo.Mais e melhor é o que estáprometido para a 5.ª ediçãodo Optimus Alive, a realizarno sítio do costume – PasseioMarítimo de Algés – entre6 e 9 de Julho. Afinal, nãoé todos os dias que um festivaljá premiado como MelhorEvento do Ano e que integra,consecutivamente desde2008, a lista do NewMusicalExpress dos 12 mais recomendadosfestivais europeusfora do Reino Unido, faz cincoanos de vida. Assim sendo,a produtora Everythingis New decidiu esmerar-senas celebrações e preparouum “bolo” bem recheado demúsica, dividido não emtrês, como habitualmente,mas sim em quatro fatias,uma para cada dia de celebração.Para soprar as velas, estima-se que compareçam cercade 200 mil festivaleiros. Sinalinequívoco do crescimentocontínuo e acelerado deum evento que na sua primeiraedição, em 2007, contoucom uma assistência de cercade 70 mil almas...Coldplay a abrir as hostilidadesno dia 6, Foo Fighterse Xutos&Pontapés no dia 7,e The Chemical Brothers a8, são os maiores destaquesnum cartaz que ainda terámais algumas surpresas.Em termos logísticos, numaedição catalogada comoespecial, a organização pretendemelhorar vários aspectoslogísticos. Um deles prende-se com o aumento da áreapara o festival, nomeadamenteda lotação frente ao palcoprincipal (Optimus), que passaa estar configurado paraacolher 50 mil pessoas graçasao recuo do palco (no anopassado, o concerto de encerramentodos Pearl Jam juntou45 mil). A colocação deum ecrã gigante no exteriordo Palco Super Bock e a implementaçãode um novo sistemade troca de passes empulseiras, que vai estar disponívelem 20 pontos no interiordo recinto, são outrasmelhorias previstas.Os bilhetes diários, queasseguram o grosso das vendas,têm o mesmo preço daedição anterior: 50 euros. Opasse para 3 dias (que não incluio dia 6), custa 99 euros eo de 4 dias chega aos 129. Paraquem pretenda pernoitarno Lisboa Camping de Monsanto,os custos são de 15 e20 euros, consoante sejamdetentores de passe de 3 oude 4 dias, sendo que os campistas(15 mil em 2010) voltarãoa ter à sua disposição autocarrosgratuitos que farãoa ligação entre o Passeio Marítimode Algés e Monsanto.Os ingressos já estão àvenda nos locais habituaisem Portugal, Espanha e Inglaterra(os principais mercadosexteriores). Recorde-seque em 2010, o Optimus Alivetornou-se no primeiro festivalnacional a esgotar completamenteos passes de 3dias e os bilhetes diários paraum dos dias, com mais de 15dias de antecedência.Estatísticas e emoções recordadas,no passado dia 13,no Palácio Anjos, em Algés,na conferência de imprensade apresentação do OptimusAlive 2011, na qual ÁlvaroCovões, director da produtoraEverything is New, agradeceuao presidente da autarquia,Isaltino Morais, por“ter acreditado neste projecto”,e o edil retribuiu dandoos “parabéns” pelo contínuocrescimento do evento,considerando-o benéfico parao concelho ao ponto demerecer a criação, em breve,de estruturas de apoio fixasnaquela área ribeirinha paraacolher o Alive e outras manifestaçõesculturais do género(ver página 5).Já o representante doprincipal patrocinador, HugoFigueiredo, mostrou-seconfiante que o “cartaz imbatível”permitirá descontrairde um “ano difícil” emtermos económicos e sociais.Para ajudar, aquele mesmoresponsável prometeuum reforço das acções de promoção,nomeadamente passatempospara distribuir bilhetespara o evento.
Ver edição completaO ministro da AdministraçãoInterna, Rui Pereira, escolheua Associação CulturalMoinho da Juventude, na Covada Moura (Buraca), paraentregar onze títulos de residênciano âmbito do projecto“O SEF vai à escola”, lançadoem2009 e alargado agoraa Instituições Particularesde Solidariedade Social(IPSS).Foi em ambiente de festa,mas também de muita emoção,que os onze imigrantesresidentes na Cova da Moura,com idades entre os 14 eos 54 anos, receberam dasmãos das várias figuras presentesna cerimónia um títulode residência no âmbitoda Lei de Estrangeiros.O documento facilitaquem escolheu Portugal paraviver e trabalhar, mas que, pelaausência de documentação,não consegue encontrar empregoou uma casa para morar.Júlia Gaieta nasceu em Angolahá 32 anos. Veio paraPortugal viver com apenas 14.Sempre teve a sua situação regularizada,mas os problemascomeçaram a surgir quandoem 2004 ficou impedida derenovar o seu título de residênciadevido ao seu passaporteter caducado. “Pedirdocumentação junto da embaixadade Angola é umprocesso muito complicado,apesar de ter gasto muitodinheiro para tentar obterdocumentação, desdeessa altura que vivo clandestinaem Portugal”, referiude lágrimas nos olhos. Comquatro filhos já nascidos emPortugal, acusa: “Esta situaçãoimpediu-me a regularizaçãoda situação dos meusfilhos, na compra de casaou até mesmos para que ascrianças pudessem ter direitoao computador Magalhães”.Já há muito tempoque lutava pela sua legalização,por isso, disse ser “umamulher feliz”, e com “umnovo futuro pela frente”.Até agora cerca de 700crianças já obtiveram um títulode residência, no âmbitodo Projecto “O SEF vai à escola”,e este alargamento àsIPSS vai permitir que “nãohaja crianças e adolescentesem idade escolar semque estejam documentadas,que consequentementesão vítimas de exclusãosocial”, afirmou Rui Pereira.Segundo o governante, aescolha da Associação Moinhoda Juventude para atribuiçãosimbólica destes títulosde residência “foi lógica”,tendo em conta o trabalhodesenvolvido pela instituiçãoque “tem colaboradoem outros projectoscom o Serviço de Estrangeirose Fronteiras (SEF)”.Na cerimónia de atribuiçãodos certificados de residênciaparticiparam tambémo ministro dos Assuntos Parlamentares,Jorge Lacão, a secretáriade Estado da AdministraçãoInterna, DalilaAraújo, e o director nacionaldo SEF, Manuel Palos.