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Peões contestam insegurança na principal entrada da cidade
A ocorrência constante de acidentes de viação na avenida Condes Castro Guimarães, junto ao cruzamento do Borel, entre as freguesias da Reboleira e da Venteira, envolvendo muitas vezes não apenas veículos, mas também transeuntes, levam a população a questionar a autarquia sobre a sinalização ali existente. Depois de ter sido abandonado o projecto de construção de uma passagem superior para peões, o vereador responsável pelo pelouro na Câmara Municipal da Amadora (CMA), Gabriel Oliveira, garante que “a solução adoptada é das mais evoluídas do país”. Apesar de já ter sido pior o índice de sinistralidade do cruzamento do Borel, situado na entrada sul da Amadora, há quem ainda tenha dúvidas em relação à sua sinalização. E não são raras as semanas em que os bombeiros são chamados ao local para a acudir a mais uma emergência. Idalina Custódio lembra-se dos tempos em que os acidentes eram constantes, mas considera que “neste momento, está muito melhor, talvez porque as pessoas já conheçam o trajecto que devem fazer”. Mas esta moradora vai lembrando que “se todos cumprissem a sinalização era bem mais positivo”. Uma opinião também partilhada por Alice Guerreiro, moradora há 22 anos no Borel, que acrescenta que “a sinalização é muito má, só não existem mais acidentes porque muitos dos moradores da Amadora já conhecem o cruzamento, mas às vezes vimos carros a entrar em contra-mão”. Alice Guerreiro considera mesmo que “o cruzamento é muito confuso e a sinalização não é boa”. A questão dos atropelamentos é também levantada por esta moradora que chega mesmo a considerar que “às vezes assiste-se a muitas asneiras, muitas vezes não são respeitados os semáforos, quer por parte de peões, quer por parte de automobilistas”. A passagem superior para peões no nó que faz a ligação ao bairro do Borel foi prometida pela autarquia em 2004, no entanto, um projecto que foi abandonado porque, de acordo com o vereador Gabriel Oliveira, “a obra tinha um impacto muito grande naquela zona, mas também porque sabemos que muitos peões não a iriam usar”. O responsável lembra ainda que “ali há controlo do limite de velocidade, semáforos e é dos cruzamentos mais evoluídos tecnicamente em Portugal, cabe aos condutores e peões respeitarem a sinalização existente, porque se ela for respeitada o cruzamento é seguro”. A promessa da autarquia, agora abandonada, chegou mesmo a apontar para 2005 a sua conclusão e surgiu como resposta a um abaixo-assinado que reuniu perto de 700 assinaturas de moradores do bairro. Alice Guerreiro também tem dúvidas sobre a eficácia de uma passagem superior, tendo em conta que “existem muitos moradores com idade avançada a quem custa subir as escadas”, no entanto, considera: “A autarquia deveria fazer alguma coisa, como por exemplo, colocar mais sinalização”.
terça-feira, 1 de março de 2011
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