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Amigos do Paredão sensibilizam utilizadores do passeio marítimo para uma sã convivência
“O Paredão é lindo demais para não ser de todos”. Foi com base nesta ideia que dezenas de ciclistas se juntaram aos utentes do passeio marítimo que liga Cascais à Praia da Azarujinha, numa iniciativa da Associação dos Amigos do Paredão (AAP), que decorreu no passado sábado. “Potenciar a boa convivência entre ciclistas e peões no primeiro Verão de existência do corredor ciclável no Paredão Estoril- Cascais” foi o objectivo do encontro que contou com os apoios institucionais da Junta de Freguesia do Estoril e da Câmara de Cascais. Tendo como ponto de partida a Praia da Poça, em S. João do Estoril, este foi o primeiro movimento de "Cidadania em Roda-Pé", um passeio conjunto (bicicletas e peões ) com o objectivo de passar a mensagem de articulação positiva entre as diferentes formas de passeio, explicou Sofia Meneses da AAP. “Em primeiro lugar, queremos fazer um exercício físico aliado à cidadania, que é também um exercício social, sob o cenário do mar. Depois queremos também informar todas as pessoas envolvidas sobre a regulamentação do corredor ciclável porque ainda é desconhecida entre vários utentes, principalmente como será a circulação nos meses de Verão. O terceiro objectivo deste encontro é passar uma mensagem de cidadania activa com a interacção de todos os que usam o Paredão, porque se todos cuidarmos dele e chamarmos a atenção a quem o queira danificar, de certo que a polícia tem o trabalho facilitado”. Defendendo inicialmente a interdição de bicicletas no Paredão, a AAP constata que “a proibição total das bicicletas no Paredão não seria funcional. Mas a regulamentação sim”, defende Sofia Meneses, que considera ser uma “inevitabilidade” conciliar os peões e os ciclistas. Contudo, sublinha, “o peão deve ter prioridade e o ciclista deve ter essa atenção”. “A circulação das bicicletas deve ser um passeio e não uma corrida”, reforça Sofia Meneses. “Os ciclistas devem pedalar a uma velocidade não muito superior à de um peão a andar. Se uma pessoa andar de bicicleta devagar não constitui perigo”, frisa esta responsável, que encara a possibilidade de, mais tarde, bicicletas andarem fora do corredor ciclável. A ciclovia existente apresenta-se dividida em quatro troços: 1 – entre o Escotilha Bar e Bar Baiuca (270 m); 2 – entre o Bar Pica e o Jonas Bar (480 m); 3 – entre os Bares do Tamariz e Restaurante Bolina (190 m); e 4 – entre o Restaurante Bolina e o Snack-Bar Surpresa (290m), não podendo circular as bicicletas em frente aos concessionários. Segundo o regulamento aprovado pela autarquia, “Na ‘época alta’, de 1 de Abril a 31 de Outubro, não é permitida a circulação de bicicletas aos fins- -de-semana e feriados, enquanto nos dias úteis será possível fazê-lo a partir das 18h00 e até às 10h00. Na ‘época baixa’, de 1 de Novembro a 31 de Março, nos dias úteis, a circulação de bicicletas pode efectuar-se a qualquer hora, sendo que aos fins-de-semana e feriados só é possível fazê-lo entre as 18h00 e as 10h00”. Celisa Guedes participou no encontro e fez o passeio a pé: “Acho bem que as bicicletas também possam andar no Paredão. Temos é que nos respeitar uns aos outros porque há lugar para todos”, disse. Jorge Palha apareceu de bicicleta. Este munícipe considera que “não devia haver nenhuma proibição. A proibição é um disparate que só serve para criar um fosso. As pessoas só se entendem se conviverem umas com as outras. Esta proibição e limites que são impostos seriam impensáveis em países modernos como a Holanda ou Paris onde há ciclovias em toda a parte”. Participaram ainda neste encontro o presidente da Junta de Freguesia do Estoril, Luciano Mourão, e o director municipal do Ambiente, José Nunes de Carvalho, que optaram por usufruir do Paredão a pé.
quinta-feira, 10 de março de 2011
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