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Intervenção de requalificação vai decorrer até ao final de 2011
A comemorar 40 anos de actividade, a Escola Secundária de Santa Maria (ESSM), na Portela de Sintra, mantém a aposta de abrir as suas portas à comunidade. Para o efeito, desde o final de Novembro, “todos os que desejam dar asas à curiosidade intelectual, à imaginação e ao gosto pelo estudo e pelo saber” são convidados a beneficiar da nova biblioteca escolar, uma das mais-valias das obras de requalificação em curso no estabelecimento de ensino que, no entanto, ainda prometem durar até ao final de 2011. Com um fundo documental na ordem dos 14 mil volumes, que deverá duplicar em breve em função da doação de um particular ligado à escola, a biblioteca está, para já, aberta, de segunda a sexta-feira, entre as 18h00 e as 20h00, a toda a comunidade de Sintra. Com uma capacidade para cerca de 80 leitores, o equipamento ocupa um edifício construído de raiz, que entrou em funcionamento no início do corrente ano lectivo, que vai ser equipado em breve com 16 computadores com acesso à Internet. “Somos, porventura, a primeira biblioteca escolar aberta à comunidade, num determinado horário ao fim do dia, e já temos pessoas de alguma idade que vêm ler o jornal”, realça Clara Alves, adjunta da direcção da ESSM, que guiou o JR numa visita ao estabelecimento de ensino. "Queremos ser um complemento da Biblioteca Municipal de Sintra", salienta esta responsável. “É fundamental a comunidade estar envolvida com a escola, porque estamos a falar de uma escola reconhecida por todas as pessoas que vivem em Sintra. Há uma ligação grande à ESSM e queremos que continue essa ligação, que será fomentada através da abertura da biblioteca à comunidade”, frisa Clara Alves, dando conta que está a ser ponderado o alargamento do horário de abertura ao exterior. Também em fase de retoques em termos de equipamento, em especial para a zona técnica de atendimento e para as duas salas de formação, estão as novas instalações do Centro Novas Oportunidades (CNO), que já funciona desde Março de 2008 e pelo qual já passaram cerca de 900 candidatos no sentido de concluírem o Ensino Básico (9.º ano) e o Ensino Secundário (12.º ano). As obras de requalificação da escola, que representam um investimento de nove milhões de euros, estão divididas em três fases e tinham previsão de conclusão em 15 meses, contados a partir de meados de Agosto de 2009. Mas, as vicissitudes próprias de trabalhos feitos em simultâneo com as actividades lectivas, associadas à limitação do recinto, obrigaram a uma derrapagem que implica, pelo menos, mais um ano de obras. Esta estimativa é avançada pelos responsáveis do estabelecimento de ensino, em articulação com a Parque Escolar, entidade pública empresarial criada pelo Governo para concretizar o programa de modernização da rede pública de escolas secundárias. “Costumamos comentar que esta é a obra mais complicada do país, até porque o espaço físico desta escola é muito reduzido”, sublinha a adjunta da direcção liderada por Maria de Lourdes Mendonça, que aponta ainda, como motivos para o atraso nas obras, as condições climatéricas adversas que se registaram no último Inverno e os condicionamentos próprios do funcionamento lectivo. “Em períodos de exames, por exemplo, é necessário parar as obras e, obrigatoriamente, estas paragens vão provocando atrasos”, acentua Clara Alves, destacando alguma flexibilidade ao nível da realização das obras. A primeira fase consistiu na execução do edifício de raiz que acolhe a biblioteca e um auditório, com capacidade para cerca de 200 alunos e ainda à espera do equipamento definitivo, e a requalificação de alguns pavilhões como os que albergam os serviços administrativos, as salas de informática e o CNO. Também no espaço do antigo ginásio está já executado o refeitório e a sala de professores. A segunda fase contempla a requalificação interior de pavilhões existentes e a construção de laboratórios, para a área de ciências e tecnologias, com o pormenor de todos os edifícios ficarem ligados entre si ao nível do primeiro piso. No final do corrente ano lectivo, a segunda fase deverá estar em conclusão, já que condiciona o avanço da terceira fase: a construção do pavilhão gimnodesportivo e de um polidesportivo descoberto, neste caso dotado de balneários em piso inferior. Esta área está, actualmente, ocupada por monoblocos, pavilhões prefabricados, que apenas serão desactivados quando estiver totalmente executada a segunda fase e, por consequência, disponíveis todos os espaços com fins lectivos. As aulas de Educação Física tem sido possíveis devido a uma parceria com o Sintrense, que cedeu instalações para este efeito. No final das obras, a escola estará mais funcional, conferindo melhores condições aos 1800 alunos que a frequentam, 1500 em período diurno e 300 no nocturno, provenientes da Vila de Sintra e da zona rural do concelho. Um benefício extensível, naturalmente,aos docentes (cerca de 200) e aos funcionários que têm procurado, por todas as vias, minimizar os incómodos para os jovens estudantes. “No final das obras, vamos ter uma escola mais funcional, com salas de informática e laboratórios modernos que são fundamentais para alcançar aquilo que se pretende de uma escola, com uma componente prática e que prepare os alunos para a vida activa. E vamos ter uma escola bonita, moderna e mais confortável”, conclui Clara Alves. Com capacidade para 51 turmas, a ESSM não vai receber um acréscimo de alunos após a conclusão da intervenção da requalificação, assegura esta responsável, “até porque o espaço físico não nos permite. Poderemos ganhar uma ou duas salas, mas não vamos conseguir receber um maior número de alunos”. A escola da Portela de Sintra deverá, mesmo, ver aliviada a sua sobrecarga com a concretização da ampliação da EB2,3 da Terrugem e o alargamento da oferta formativa ao Ensino Secundário.
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