Ver edição completa
Encargos de 33 milhões de euros em resultado da liquidação da sociedade de capitais públicos
A Câmara de Sintra vai assumir o activo e o passivo da Sociedade Cacém Polis, estimados, respectivamente, em 110 milhões e 84 milhões de euros, neste caso com 33 milhões de euros de dívidas a terceiros. A assunção desta dívida, por efeitos de liquidação da sociedade no final de 2009, foi aprovada por maioria pela Assembleia Municipal, com os votos contra de PS e CDU e inúmeras críticas da bancada socialista.
Em causa a responsabilidade pelo arrastamento da intervenção de requalificação urbana, iniciada em 2002 e que ainda se encontra por concluir, para desespero dos munícipes de Agualva-Cacém.
Para a bancada do PS, como sublinhou Carlos Casimiro, a falta de empenho do município de Sintra, que detinha 40% da Cacém Polis contra 60% da Administração Central, foi decisiva para o estado da intervenção. “Com a sua vontade de fazer passar a ideia de que o Polis já não era uma obra socialista, deixou passar os anos sem que nada fosse feito, designadamente na criação das parcerias público-privadas fundamentais para a construção de diversos edifícios”, criticou o autarca. “Tivesse havido o empenhamento atempado do município e os milhões de passivo poderiam ser de lucro”.
Entre as obras por executar, recordou Carlos Casimiro, está o edifício da Nova Baixa, na designada parcela 18, mas há mais intervenções que ficaram aquém das expectativas iniciais: “O projecto do hospital do Grupo Mello gorou-se; a Rua Dona Maria II é um espaço vazio; o edifício da PT mantém-se no meio do Parque Linear; a estação da CP só agora foi iniciada; o espaço público degrada-se rapidamente sem a manutenção de vida”.
O autarca socialista lamentou ainda que o município tenha transferido verbas para a Junta do Cacém para conclusão de algumas obras, nomeadamente o estacionamento a norte à Praceta João de Deus, “prescindindo de quaisquer garantias de qualidade e fiscalização técnica”.
(...) Continuação na página 6 do Jornal da Região da Sintra 203, de 12 a 18 de Janeiro de 2010
Sem comentários:
Enviar um comentário