A falta de médicos de família, as “más condições” de algumas extensões de saúde e a necessidade de construir novas extensões são algumas das carências do concelho na área da saúde apontadas pelos utentes. As comissões de utentes estimam que hajam no concelho quase 60 mil pessoas sem médico de família e consideram que as recentemente criadas unidades de saúde familiar (USF) não melhoraram a prestação de cuidados de saúde em Almada.
Uma das situações mais preocupantes é a da Extensão de Saúde do Laranjeiro, onde “há pessoas que vão para a porta às 05h00 para conseguir uma consulta”, conta Jorge Fernandes, do Secretariado das Comissões de Utentes de Saúde do Concelho de Almada. Para o presidente da junta, José Ferreira, a situação é “quase terceiro-mundista”.Oatendimento é feito no primeiro andar de um edifício sem elevador, com “falta de espaço e de condições para os utentes e profissionais”.
Na altura em que foi criada a USF do Laranjeiro, sete médicos e vários utentes da extensão de saúde local passaram a ser atendidos lá. Entretanto, houve uma reorganização e “vários utentes regressaram à extensão, mas apenas quatro médicos voltaram”. Jorge Fernandes concorda que as USF criadas (Pragal, Cova da Piedade, Laranjeiro, Monte da Caparica e Sobreda) não trouxeram vantagens. Tanto mais que, desde essa altura, as extensões de saúde que antes encerravam às 22h00 “passaram a fechar às 20h00”. “A maioria da população de Almada trabalha em Lisboa e dificilmente tem acesso a uma consulta com o médico de família”, alerta.(...)
(...) Continuação na página 7 do Jornal da Região da Almada 145, de 30 de Setembro a 6 de Outubro de 2008
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