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Tapada das Mercês, Aulas de combate à exclusão
No Verão passado, um grupo de mães da Tapada das Mercês mudou a sua rotina para tentar colmatar a falta de ocupação de tempos livres de qualidade para os seus filhos e para as crianças em geral daquela urbanização. Inicialmente, eram apenas seis e não escondiam o seu cepticismo. O contrário, aliás, é que seria de admirar num aglomerado urbano marcado por elevados índices de trabalho precário, de fracas qualificações académicas e profissionais, casos de abandono escolar, baixa integração de uma parte significativa das franjas populacionais provenientes da imigração, e por uma quase total ausência de estruturas de apoio social (desde creches a colectividades, passando por entidades de ajuda aos muitos imigrantes que ali residem...).
Sem nada a perder, decidiram avançar, executando gestos e decisões que até aí não lhes eram familiares: escreveram cartas explicando o seu projecto, foram à Junta de Freguesia de Algueirão-Mem Martins (onde conseguiram a disponibilização de um autocarro), procuraram e obtiveram alguns patrocínios, envolveram aEscola EB 2.3 Visconde Juromenha, chegaram a consenso sobre as acções a desenvolver, e até inventaram um nome para o colectivo de mães – que, entretanto, crescera para mais do dobro – baptizado como Grupo Desafio. Valeu a pena: ao longo de dois meses, 30 crianças da Tapada das Mercês, desde bebés até crianças de 15 anos, acompanhadas pelas respectivas progenitoras, puderam participar em actividades como idas à praia, ao Centro Ciência Viva de Sintra, sessões de cinema, yoga, reciclagem, peddy paper, entre outras. O segredo? Ter capacidade… com K!(...)
(...) Continuação na página 8 do Jornal da Região da Sintra 148, de 21 a 27 de Outubro de 2008
terça-feira, 21 de outubro de 2008
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