Praias já ganharam 400 mil metros cúbicos de areia
A intervenção nas praias da Costa da Caparica já resultou na colocação artificial de cerca de 400 mil metros cúbicos de novas areias, com a conclusão do enchimento das praias da ‘Saúde’, ‘Nova Praia’, ‘Praia Nova’, ‘Dragão Vermelho’, ‘Golfinho’ e ‘Tarquínio’, todas na zona sul.
Esta intervenção, que arrancou a 5 de Agosto, e que tem por objectivo repor cerca de um milhão de metros cúbicos de areias oriundas da zona de cabeça do Pato, à saída do Tejo, está já a estender-se à parte norte da frente arenosa costeira da zona, nomeadamente às praias do ‘CDS’ e ‘São João’, esta última de maior amplitude.
“Podemos dizer que estamos a 40 por cento das estimativas, sendo que o plano traçado em termos de 'timings' está a ser cumprido com grande rigor”, disse ao Jornal da Região José Manuel Proença, do INAG, a entidade responsável pela operação.
No decurso da intervenção, que não deixou de gerar algum desconforto junto das entidades locais e dos turistas, por ter avançado em plena época estival, o INAG optou por “avançar com a montagem de duas linhas de dragagem e tem feito ligeiras adaptações técnicas entre uma e outra linha de obra, uma a sul e outra a norte”, de modo a poder ter concluídos os trabalhos até ao final e Setembro.
Já o ano passado, como havia sido referido pelo presidente do Instituto, Orlando Borges, as praias da Caparica ganharam “90 milmetros cúbicos de novas areias, acima do que era expectável”. De acordo com o caderno de encargos está ainda prevista uma nova intervenção no próximo ano, que, segundo José Manuel Proença, deverá “estabilizar definitivamente” os movimentos das areias, embora, confesse o técnico, “há ainda que esperar como as mesmas vão reagir durante o Inverno, já que se verificam sempre alguns índices de remoção”.
As três fases desta intervenção visam, sobretudo, “calçar as areias”, de modo a evitar que as mesmas sejam transferidas para a zona adjacente dentro de água. “A ideia fundamental é proteger a costa e evitar ataque às dunas. Fazer com que a rebentação das marés ocorra em zona mais interior, dentro das águas. Não é propriamente criar mais praia”, explica o técnico do INAG.
(...) Continuação na página 6 do Jornal da Região da Almada 186, de 25 a 31 de Agosto de 2009
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