COMPLEXO DO JAMOR Assinaturas contra campo de golfe
Ao lado do famélico curso de água do rio Jamor, um forte caudal de dúvidas e críticas a volumou-se, no passado domingo, de manhã, junto à nesga de sombra onde os contestatários à construção de um campo de golfe em curso no extremo norte do Complexo Desportivo do Jamor (CDJ) improvisaramumponto de recolha de assinaturas a favor das suas reivindicações. Angariaram 110 nomes – a juntar aos quase 600 na petição ‘online’ – e muitos mais desabafos de revolta. Em comum, o receio de um dia chegarem àquele espaço natural de lazer e desporto e não encontrarem mais áreas de livre acesso, bem como a forte impressão de que, mais uma vez, se pretende construir primeiro e só depois responder às inquietações do cidadão comum. Uma desconfiança potenciada pela falta de informação por parte dos responsáveis pela obra – o Instituto do Desporto de Portugal (IDP) – de que se queixam os dinamizadores do protesto, agrupados sob a designação de Amigos do Estádio Nacional. “Já expirou o prazo previsto por lei para que as entidades a que pedi acesso aos processos administrativos referentes à obra (Câmara de Oeiras, IDPe Região Hidrográfica do Tejo) o facultassem”, lamentou ao JR, Margarida Novo, a jurista e moradora na Cruz Quebrada que encabeça o movimento contestatário, o qual anunciou, entretanto, que vai fazer uma nova recolha de assinaturas no próximo sábado, entre as 10 e as 13 horas, desta feita no portão principal junto aos ‘courts’ de ténis. A mentora dos Amigos do Estádio Nacional afirma-se segura de que a obra “decorre em zona de domínio hídrico público”, classificação atribuída depois das cheias de 85 e que “proíbe total ou parcialmente quaisquer alterações”.O que a leva à convicção de que “eles não têm os licenciamentos necessários”.(...)
(...) Continuação na página 6 do Jornal da Região da Oeiras 180, de 23 a 29 de Junho de 2009
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