quinta-feira, 21 de fevereiro de 2008

MAU TEMPO REGRESSA


Ver edição completa


O estado do tempo vai piorar a partir desta sexta-feira com chuva, vento e trovoadas.
O Instituto de Meteorologia adverte que serão necessárias cautelas, mas a situação não será tão grave como a da última segunda-feira, com recordes absolutos de pluviosidade

O estado do tempo vai piorar a partir de hoje com chuva, vento e trovoadas, situação que dominará o fim-de-semana. Não será, porém, nada comparável ao temporal que se abateu sobre a capital e vastas áreas da Grande Lisboa na passada segunda-feira e que deixou um rastro de destruição e morte (duas vítimas mortais e uma pessoa desaparecida, ainda, à hora de fecho desta edição). Os prejuízos continuam por apurar em toda a sua extensão, mas o balanço inclui, nestas zonas e naquele único dia, mais de 360 inundações em habitações e estabelecimentos comerciais, 179 desalojados e 122 deslocados, 227 inundações em via pública, e 87 deslizamentos de terra em consequência da chuva, que na capital, aliás, galgou recordes: a estação meteorológica de Lisboa/Geofísico registou 118 milímetros de precipitação, o que constitui "um novo extremo absoluto desta estação", considerando a série de totais diários iniciada em 1864, informou fonte do Instituto de Meteorologia, adiantando que a situação de segunda-feira foi invulgar e de difícil repetição.
Contudo, mesmo que não se repita a violência do temporal - que causou, ainda, o entupimento dos túneis do Campo Grande e Entrecampos, o alagamento da estação de Metro de Sete-Rios e de parques de estacionamento, o corte da Calçada do Carriche e da zona da Pimenteira (por baixo do Viaduto Duarte Pacheco), a retirada de moradores de suas casas, e quase 200 pedidos de socorro para os Sapadores Bombeiros durante a madrugada - certo é que há muito está comprovado que não é preciso atingir tal amplitude na fúria dos elementos para que Lisboa "sinta na pele" as suas debilidades neste domínio. Com a agravante de que vários estudos alertam para o facto de a pluviosidade tender a ser cada menos prolongada, mas mais intensa e concentrada, devido às alterações climáticas…
Continuação na página 8, da Edição de Lisboa 116, do Jornal da Região

Sem comentários: