sexta-feira, 29 de fevereiro de 2008

Construtor lança suspeitas em Almada

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Presidente da Câmara nega cobrança ilegal de taxas para licenciamento de um edifício
Maria Emília de Sousa reiterou esta semana a sua confiança nos funcionários da autarquia, depois das notícias que acusam o município de corrupção. As denúncias, avançadas por um construtor de Almada, dão conta de que a Câmara terá exigido pagamentos ilegais de taxas, no valor de cerca de 172 mil euros, para conceder uma licença de utilização de um edifício de sete andares construído na cidade. Passados cinco anos da conclusão da obra, o empresário diz ainda não ter os licenciamentos necessários e alega que a autarquia só concederia a licença mediante o pagamento de serviços prestados por outras empresas à própria Câmara. Perante estas afirmações, Maria Emília de Sousa garantiu ao JR que "a notícia, por aquilo que os serviços avaliaram, não tem qualquer fundamento".
A autarca questiona, ainda, as verdadeiras intenções destas declarações.
"Eu interrogo-me. O que é isto? É porque esta Câmara precisa de ser posta emcausa a 20 meses das eleições, como já foi noutros momentos? As inspecções são umas atrás das outras, mas aqui não encontram nada", assevera.
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Continuação na página 9 do Jornal da Região da Almada 117, de 28 de Fevereiro de 2008

Imigrantes com vida facilitada

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SEF abre posto na Reboleira

Aulatu Djaló vive em Massamá e, com alguma regularidade, tem que renovar o visto de residência. Até segunda-feira, esta imigrante perdia longas horas de espera nos balcões do Serviço de Estrangeiros e Fronteiras (SEF) de Lisboa ou Cascais. Agora, a apenas uns minutos de distância de comboio, tem ao seu dispor na Reboleira a primeira loja descentralizada do SEF, que vai abrir mais quatro espaços do género nas Linhas de Cascais, Sintra, Norte e Margem Sul. "Além de ser mais rápido, não está aqui tanta gente e o visto demora menos tempo a entregar", revela a jovem. "Quando ia a Lisboa demorava três a quatro meses a receber o visto.
Aqui já me disseram que ia demorar apenas um mês", realça Aulatu Djaló.
Para tornar mais rápido o atendimento, o novo posto do SEF está a trabalhar com duas associações concelhias, que têm o papel de mediadores entre as populações dos bairros e o SEF. A
Associação Moinho da Juventude, da Cova da Moura, e os Unidos de Cabo Verde, sedeados no bairro Casal da Boba, vão ter um papel importante no bom funcionamento. "Ajudamos as pessoas a fazerem as suas marcações, esclarecemos que tipo de documentação têm de reunir, entre outro tipo de apoio", explica Teacher Leite, mediador nos Unidos de Cabo Verde.


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Continuação na página 7 do Jornal da Região da Amadora 117, de 29 de Fevereiro de 2008

Novo hospital em Alcabideche em 2010

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Numa área de 83 mil metros quadrados, a unidade terá uma capacidade de 272 camas
Arrancaram oficialmente,na passada segunda-feira, as obras de construção do novo Hospital de Cascais, em Alcabideche,com o primeiro-ministro e os ministros da Saúde e das Finanças, em conjunto com o presidente da Câmara, a colocarem a primeira pedra da futura unidade de saúde, que servirá 285.336 habitantes de Cascais e de Sintra. O hospital começou as suas obras sem consagrar, no seu caderno de encargos, a valência de oncologia, embora a ministra, Ana Jorge, tenha admitido um período transitório, no primeiro ano de actividade, em que a unidade ainda vai receber os doentes oncológicos.

A nova unidade vai funcionar em regime de Parceria Público-Privadas (PPP). O modelo assentanumcontrato de gestão celebradocom duas entidades: a HPP, para o estabelecimento hospitalar, responsável pela prestação de cuidados de saúde, e outra para o edifício hospitalar, responsável pela construção, financiamento, conservação e exploração do novo edifício, a cargo da Teixeira Duarte. O contrato de gestão tem o prazo de 30 anos para o edifício hospitalar e 10 anos para a prestação de cuidados de saúde, renováveis até um máximo de 30 anos.

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Continuação na página 8 do Jornal da Região de Cascais 117, de 27 de Fevereiro de 2008

Câmara vai começar a pagar



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Executivo de António Costa liberta 20,4 milhões para 1287 empresas
A Câmara de Lisboa aprovou,por unanimidade, na reunião pública de quarta-feira, uma alteração ao orçamento que liberta 20,4 milhões de euros para pagar as dívidas de 1287 empresas a quem a autarquia deve dinheiro. O dinheiro sairá da verba prevista para pagar os juros do empréstimo, parte do plano de saneamento financeiro a que o Tribunal de Contas chumbou recentemente.
"É incerto quando virá o empréstimo, pelo que a Câmara não irá utilizar para já este dinheiro para pagar juros", afirmou o presidente António Costa, especificando que, embora 15 milhões de euros estejam abrangidos pela mobilidade da verba reservada para os juros, os restantes 5,4 milhões terão que ser cobertos.


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Continuação na página 7 do Jornal da Região de Lisboa 117, de 29 de Fevereiro de 2008

quinta-feira, 21 de fevereiro de 2008

PELA NOSSA SAÚDE



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ALMADA, SEIXAL E SESIMBRA
Cem mil sem médico de família


O encerramento parcial dos Serviços de Atendimento Permanente (SAP) de Almada, o fecho dos SAP de Corroios e Seixal, a incapacidade de resposta do Hospital Garcia de Orta (HGO), assim como o adiamento na construção de um hospital no Seixal, levaram mais de duas centenas de pessoas a manifestarem-se em Almada. Enquanto os manifestantes exigiam do Governo uma melhor política de saúde, o presidente da Câmara do Seixal afirmava que a região "vive uma das piores situações do país", neste serviço. Segundo Alfredo Monteiro, existem cerca de 100 mil habitantes de Almada, Sesimbra e Seixal que não têm médico de família, 50 mil dos quais do seu concelho, o que representa "quase um terço da sua população".
As comissões de utentes dos concelhos do Seixal, Sesimbra e Almada garantem que não é possível adiar mais esta luta "depois de várias diligências junto da administração do HGO e da Administração Regional de Saúde" que não surtiram efeito. O encerramento do SAP de Almada às 20 horas obriga a que todas as urgências, a partir dessa hora, sejam encaminhadas para o HGO, onde, segundo Jorge Fernandes, da Comissão de Utentes de Saúde de Almada, "faltam médicos, enfermeiros e auxiliares administrativos", ficando os doentes "oito a dez horas" à espera de serem atendidos.
Perante a dificuldades de contacto com estes profissionais, Maria Emília Sousa, presidente da Câmara de Almada, ofereceu-se para "ser geradora de uma plataforma de diálogo com o presidente do conselho de administração do HGO e a Delegada de Saúde de Almada". Uma proposta aceite de imediato pelos presentes. A autarca reivindicou ainda a rápida construção do Hospital no Seixal, mas alertou os presentes que não quer "um hospital qualquer". "Precisamos de um hospital com mais valências, que responda às necessidades destes 500 mil habitantes e que seja complementar ao HGO. Quem é que garante que um hospital sem urgência e sem internamento vai resolver o problema das populações", disse, lembrando que as urgências de Almada "estão entupidas".
Recorde-se que a tipologia da futura unidade hospitalar apresentada no ano passado indicava para um hospital essencialmente vocacionado para o ambulatório, sem internamento, com consultas externas diferenciadas e hospitalização de dia. O novo hospital passará, segundo o ministério, a funcionar em complementaridade com o HGO, o Hospital Nossa Senhora do Rosário, no Barreiro, e o Centro Hospitalar de Setúbal.


Continuação na página 8, da Edição de Almada 116, do Jornal da Região

MAU TEMPO REGRESSA


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O estado do tempo vai piorar a partir desta sexta-feira com chuva, vento e trovoadas.
O Instituto de Meteorologia adverte que serão necessárias cautelas, mas a situação não será tão grave como a da última segunda-feira, com recordes absolutos de pluviosidade

O estado do tempo vai piorar a partir de hoje com chuva, vento e trovoadas, situação que dominará o fim-de-semana. Não será, porém, nada comparável ao temporal que se abateu sobre a capital e vastas áreas da Grande Lisboa na passada segunda-feira e que deixou um rastro de destruição e morte (duas vítimas mortais e uma pessoa desaparecida, ainda, à hora de fecho desta edição). Os prejuízos continuam por apurar em toda a sua extensão, mas o balanço inclui, nestas zonas e naquele único dia, mais de 360 inundações em habitações e estabelecimentos comerciais, 179 desalojados e 122 deslocados, 227 inundações em via pública, e 87 deslizamentos de terra em consequência da chuva, que na capital, aliás, galgou recordes: a estação meteorológica de Lisboa/Geofísico registou 118 milímetros de precipitação, o que constitui "um novo extremo absoluto desta estação", considerando a série de totais diários iniciada em 1864, informou fonte do Instituto de Meteorologia, adiantando que a situação de segunda-feira foi invulgar e de difícil repetição.
Contudo, mesmo que não se repita a violência do temporal - que causou, ainda, o entupimento dos túneis do Campo Grande e Entrecampos, o alagamento da estação de Metro de Sete-Rios e de parques de estacionamento, o corte da Calçada do Carriche e da zona da Pimenteira (por baixo do Viaduto Duarte Pacheco), a retirada de moradores de suas casas, e quase 200 pedidos de socorro para os Sapadores Bombeiros durante a madrugada - certo é que há muito está comprovado que não é preciso atingir tal amplitude na fúria dos elementos para que Lisboa "sinta na pele" as suas debilidades neste domínio. Com a agravante de que vários estudos alertam para o facto de a pluviosidade tender a ser cada menos prolongada, mas mais intensa e concentrada, devido às alterações climáticas…
Continuação na página 8, da Edição de Lisboa 116, do Jornal da Região

quinta-feira, 14 de fevereiro de 2008

Empresas promovem Oeiras


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Agência para a Internacionalização e Promoção das Tecnologias foi formalizada

Divulgar o potencial industrial e empresarial do concelho, estimulando ao mesmo tempo a relação entre as empresas sedeadas no território, são os grandes objectivos da Agência para a Internacionalização, Promoção e Desenvolvimento Empresarial e das Tecnologias de Oeiras (AITEC), oficializada na passada semana entre a Câmara de Oeiras e uma dezena de empresas, entre as quais a Universidade Atlântica, o Hotel Solplay, as Clínicas de S. Vicente de Paulo, a Compta, o Taguspark e o Instituto Gulbenkian.
Em preparação há dois anos, esta agência é detida em 50% pela autarquia, estando a restante parcela do investimento inicial de cinco milhões de euros a cargo das empresas e instituições que, a partir do próximo mês de Março, vão começar a delinear acções que promovam o concelho.
Segundo o presidente da nova entidade, o gestor e professor universitário Luís Todo-Bom, o principal objectivo da nova instituição é criar condições para reforçar a posição de Oeiras e das suas empresas nos mercados europeu e mundial, em diferentes áreas tecnológicas, dando corpo a um "Oeiras Valley". "A AITEC tem uma filosofia que é, em primeiro lugar, consolidar ou intensificar três 'clusters' tecnológicos - das tecnologias de informação e comunicação (com sede no Taguspark), das biotecnologias e tecnologias da saúde (centrado no Instituto Gulbenkian da Ciência) e das tecnologias tropicais, aproveitando a existência da Estação Agronómica e outras unidades", explicou o responsável. "O conceito é fazer de Oeiras um vale tecnológico onde proliferam ideias, a inovação é constante e onde uma intranet ligará todas as empresas, para que saibam o que se passa no concelho", acrescentou, sublinhando que a acção da agência será orientada pela ideia de "inovação em rede". A criação de uma intranet será mesmo um dos primeiros passos a dar. "É a base para se criarem sinergias, para divulgar todo o conhecimento", salienta Isaltino Morais, presidente da Câmara de Oeiras.
Para a consolidação da rede, a AITEC espera reunir mais empresas, aumentando para mais de 20 o número de associados.

Silvia Rodrigues

Câmara de Almada investe sete milhões


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Nova biblioteca e duas piscinas já em construção


A Câmara Municipal de Almada lançou, no passado sábado, de uma assentada, três obras municipais de grande envergadura: uma biblioteca, no Feijó, e dois complexos de piscinas, na Sobreda e na Charneca de Caparica, um investimento que ascende a sete milhões de euros.
A nova Biblioteca Municipal, que está a ser construída na Rua da Alembrança, vai estar integrada no futuro Centro Cívico do Feijó e servirá perto de 50 mil pessoas não só daquela freguesia, mas também do Laranjeiro e Sobreda e sete mil alunos das escolas envolventes. Por outro lado, com as duas novas piscinas na Sobreda e Charneca a autarquia pretende que, em 2009, perto de 20 mil pessoas estejam a fazer natação, por dia, no concelho.
A nova biblioteca, da autoria do arquitecto municipal João Lucas, autor do Fórum Romeu Correia, será de acordo com o vereador da educação uma infra-estrutura "moderna e avançada", com uma sala polivalente, uma zona de periódicos, uma sala juvenil, outra infantil e uma sala multimédia, um bar de apoio e gabinetes de trabalho. No fundo, segundo António Matos, o novo edifício, a par de outro equipamento que está a ser construído no Pragal, constituirá um novo centro de Almada. Vai aqui nascer "um novo centro da cidade que afirma a centralidade do Feijó, enobrece esta terra e vai ser um novo centro de convívio", disse.
Nova praça central
Também José Manuel Pereira, presidente da Junta do Feijó, congratulou-se pela construção da obra naquele local, sobretudo no ano em que a freguesia comemora os 15 anos da sua criação.
Depois da construção deste equipamento, serão posteriormente lançadas para aquele espaço as obras da nova sede da Junta de Freguesia do Feijó, de um salão de chá, uma praça central com um pequeno anfiteatro com bancada e do edifício para o centro de saúde do Feijó, proposta que foi apresentada ao Ministério da Saúde e que ainda não mereceu qualquer resposta.


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Continuação na página 6 do Jornal da Região de Almada. 15 de Fevereiro de 2008

TÚNEL DO ROSSIO


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Reabertura cara e tardia
Regresso dos comboios revitaliza comércio da zona

Junto à renovada Estação do Rossio, os turistas detêm-se amiúde para admirar e fotografar os traços neo-manuelinos deste edifício, construído entre 1886 e 1887 e classificado como património industrial. Mas quem tem negócio montado na Baixa olha para o mesmo local e vê outra realidade, bem mais prosaica. "Mesmo que sejam só 20 pessoas em cada mil que passem por aqui, claro que já será bom para a casa", diz um dos funcionários da Beira Gare, restaurante situado mesmo no caminho de entrada e saída da estação, referindo-se ao fluxo de passageiros esperado com a reabertura do Túnel do Rossio, marcada para amanhã.
Depois de mais de três anos a sentir na pele os prejuízos do encerramento do túnel (a 22 de Outubro de 2004), que levou ao desvio de cerca de 70 mil pessoas para outras zonas, nomeadamente para os interfaces de Entrecampos e Sete Rios, na Baixa é altura de se fazerem contas um pouco mais aliviadas de apertos.
Apesar de tudo, um optimismo com algumas reservas. É que "as coisas já não são como antes do fecho e alguns dos antigos clientes, provavelmente, já não voltarão porque, entretanto, criaram hábitos noutros lados". Além disso, "hoje em dia há mais alternativas, sobretudo o Metro, e os passageiros já não são obrigados a passar por aqui". Já para não falar que "anda tudo teso", como se ouve comentar à boca cheia entre os comerciantes da zona.
Mesmo assim, serão mais algumas dezenas de milhares de potenciais consumidores, a somar às cerca de 200 mil pessoas que diariamente cruzam esta área da cidade.
"A reabertura do túnel do Rossio é francamente benéfica para a zona, a todos os níveis", sublinhou ao JR António Amaral, director executivo da Agência Baixa-Chiado. Não só por ser "uma mais-valia para a actividade comercial e cultural da zona", como também por reforçar, ainda mais, a segurança, "que era o maior problema que se punha, à noite, agora já não, felizmente". Ou seja, o fluxo extra de passageiros da Linha de Sintra "ajudará, decerto, a manter o crescimento do actual processo de dinamização da Baixa-Chiado, que hoje em dia tem policiamento, está mais arrumada, está mais limpa e segura".
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Continuação na página 8 do Jornal da Região de Lisboa, 15 de Fevereiro de 2008